quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Expurgando a tristeza


Post do BCB, escrito em 20/09/2012:

Meninas, hoje vi o vídeo que uma amiga virtual disponibilizou sobre o nascimento da filhinha dela, a Bia, que chegou dia 03/09... Eu a conhecia muito antes dela engravidar, então acompanhei tudo... Quando recebi o link, respirei fundo e, como já disse aqui algumas vezes, acho bem melhor encararmos nossas dores de frente, acredito e sempre acreditarei no fortalecimento que isso traz, embora seja regado de sofrimento, fato.
Bem, assisti ao vídeo todo e claro q sabia qual seria o momento crítico pra mim, nada difícil de adivinhar: o primeiro chorinho do bebê... Gente, chorei pra caramba (substituam pelo palavrão correspondente ;P)!!!! Não sou robô e em nenhum momento minha intenção aqui foi dizer q não fiquei arrasada, triste, muito pelo contrário, fiquei sim. Só q, repetindo pela enésima vez, não deixo q isso tome conta da minha vida! Nisso eu tenho controle. Chorei bastante, mas foi o tempo de duração do vídeo. Logo depois já estava tranquila e vi todos os outros vídeos, das duas primeiras semanas de vida da menina, do quartinho, etc., com muita alegria pela felicidade da minha amiga virtual.
Acho muito importante escrever isso aqui pra vcs, pq devemos compartilhar não só nossa força, mas nossa dor também. Se ainda vou chorar com outros eventos? Não sei, mas não tenho nenhum 'tico' de medo disso. Aproveitei o momento do choro para agradecer à minha filha, q ficou apenas 9 semanas comigo, mas me ensinou pra caraaaaamba, sem exageros e sem querer ser piegas... Ela conseguiu me mostrar o quanto, mesmo q pouco, medíocre eu era. Sim, eu tinha minha parcela de mediocridade q, graças à ela, MINHA FILHA Q SEMPRE SERÁ AMADA, despachei pra sempre. Parece idiotice falar isso, parece discurso de frustração, mas acreditem, NÃO É. Minhas queridas e novas amigas, vcs não tem noção de como aprendi a dar valor a cada minuto dessa vida, independente de qq coisa q aconteça. Tinha mágoa de algumas pessoas, claro, como qq um. Juro q despachei e pra sempre. Refleti a nossa condição humana, q é bem medíocre, e transcendi. Não vale à pena cultivar esse tipo de sentimento e sabe pq? Pq minha filha me ensinou q num minuto sua vida vira e tudo rui. Agora só disponibilizo amor e compaixão daqueles q, por ventura, venham a ficar satisfeitos com o sofrimento alheio ou mesmo seja indiferente a ele. Q pena dessa gente. Pena de verdade.
Bem, amores, era isso. Queria muito falar pra vcs sobre esse episódio q acabei de passar. E ainda agradeço, pois continuo constatando q meu sofrimento é bem pequeno em relação ao de muita gente...Conclusão óbvia: somente sofrendo é que a empatia dá as caras... E se a gente tiver um mínimo de esperteza, aprende com isso e se torna um ser humano q faz diferença nesse mundo, q diga-se de passagem, é muito mal frequentado rsrsrs

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